Atentado mata quatro israelitas em sinagoga de Jerusalém

É um novo episódio trágico na escalada de violência das últimas semanas no Médio Oriente. Dois palestinianos invadiram uma sinagoga em Jerusalém com machados, facas e armas de fogo. Morreram quatro israelitas e pelo menos nove pessoas ficaram feridas. Os assaltantes foram abatidos pelas forças policiais.


A violência voltou em força à cidade santa, naquele que é já descrito como o ataque mais mortífero dos últimos anos. Esta terça-feira de manhã, dois palestinianos invadiram uma sinagoga em Jerusalém e começaram a atacar os crentes, matando quatro pessoas e ferindo outras nove pessoas, segundo um balanço da France Presse. Cinco dos feridos encontram-se em estado grave.

“Havia pessoas deitadas no chão, sangue por todo o lado”, contou Yosef Posternak à Israel Radio, citado pela Associated Press. 

Yosef estava na sinagoga quando ocorreu o ataque. Naquele local estariam cerca de 25 pessoas. Segundo a polícia, os dois atacantes são palestinianos provenientes de Jerusalém Oriental. Acabaram por ser abatidos durante uma troca de tiros com a polícia israelita.

O Hamas já saudou o ataque, mas não chegou a assumir a responsabilidade. O movimento palestiniano afirma que o atentado serve de resposta à “morte do mártir Youssef Ramouni”, um motorista encontrado morto na passada segunda-feira. A Jihad Islâmica também cauciona o atentado, que considera ser “uma resposta natural aos crimes do ocupante”.

Por seu turno, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu reagir com “punho de ferro”, considerando que o ataque é o “resultado das incitações à violência feitas pelo Hamas e por Mahmud Abbas”, Presidente da Autoridade Palestiniana.

Mas o próprio Abbas saiu entretanto a público para condenar o “ataque de judeus num local de oração e o assassínio de civis”.

O atentado está a ser condenado pela comunidade internacional. “Um ato de terror e brutalidade sem sentido”, afirmou o secretário de Estado norte-americano, John Kerry. 

François Hollande considera tratar-se de um “atentado odioso” e afirma estar preocupado com a escalada de violência na região.

Escalada de violência
Nas últimas semanas, a violência no Médio Oriente tem aumentado de forma considerável. Desde julho que os confrontos em Jerusalém são frequentes, nomeadamente entre jovens palestinianos e a polícia israelita. 

Aos confrontos junta-se ainda a ofensiva militar israelita que teve início em julho e que durou 50 dias, durante a qual mais de dois mil palestinianos perderam a vida.

A 22 de outubro um palestiniano irrompeu com a sua viatura numa paragem de transportes públicos, levando a violência para um novo patamar. Os ataques do género têm-se repetido, para além de uma série de ataques com recurso a armas brancas.

Um dos principais motivos para o acentuar da violência é o estatuto da chamada Esplanada das Mesquitas. Um local sagrado que é venerado por três religiões, mas onde só os muçulmanos estão autorizados a rezar. 

É neste local que se encontra a mesquita de Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do islão depois de Meca e Medina. Os palestinianos denunciam as recentes visitas de extremistas judaicos ao local que consideram ser provocações.
Share on Google Plus

About Robson Escobar

This is a short description in the author block about the author. You edit it by entering text in the "Biographical Info" field in the user admin panel.
    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários :

Postar um comentário

Postagens populares