![]() |
Patrícia Santos Morato Cordeiro, 34, condenada por homicídio, se casou na cadeia |
Uma detenta se casou com o companheiro, com quem mantinha um relacionamento de sete anos antes de ser presa, dentro de uma unidade prisional de Vespasiano, município da região metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo a Suapi (Superintendência de Administração Prisional), a cerimônia ocorreu na brinquedoteca dentro do CRGPL (Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade), nesta terça-feira (11).
Colegas de Patrícia Santos Morato Cordeiro, 34, também puderam acompanhar o evento.
De acordo com o órgão, a celebração só é permitida em casos de união estável comprovada e o casal precisa obter a certidão de casamento no civil. Segundo a Suapi, o evento foi feito por meio de uma parceria entre o órgão e uma entidade evangélica.
Os enfeites, o bolo e os doces do casamento, além da maquiagem da noiva, foram doados ao casal. A subsecretaria informou que essa é a segunda vez que um evento do tipo ocorre no local. O primeiro foi feito em 2011.
Condenação
A filha da detenta, hoje com 11 anos, também participou do casamento da mãe. Quando Patrícia foi condenada, pelo crime de homicídio, ela estava grávida de quatro meses. A menina nasceu dentro da unidade prisional.
O noivo afirmou que tudo já está preparado para ele e a mulher retomarem a vida, após a detenta ganhar a liberdade, prevista para janeiro do ano que vem.
"Estou realizando meu sonho onde eu menos imaginei. Minha família me virou as costas, mas o Israel [companheiro dela] nunca me abandonou, esteve sempre do meu lado me apoiando. Ele é um pai maravilhoso e sempre me provou o seu amor. Não tinha como eu estar mais feliz", afirmou a mulher, por meio da assessoria da Suapi.
A subsecretaria informou que mantém parceria com diversas instituições religiosas em boa parte das unidades prisionais em Minas Gerais.
Até o momento, além dos dois casamentos feitos na unidade prisional especial para gestantes, outro casamento foi celebrado em um município do interior do Estado.
Todos merecem uma segunda chance de serem felizes. Isso não diminui a importância do delito e nem a necessidade de punição. Ninguém é 100% bom ou mal.
ResponderExcluir